Na Era do Reciclável, Nada Mais é Descartável

Compositores: Flavio, Adiel Carteiro Poeta e Vaca Preta

BOM, BONITO E BARATO
VOU BUSCANDO ARTEFATOS PARA MINHA CRIAÇÃO
SOU MATERIA RECICLÁVEL, MALEÁVEL, DESCARTÁVEL
SOU A MISTURA DA CRUEL POLUIÇÃO

DINHEIRO! DINHEIRO NÃO CAI DO CÉU
NEM É SEMENTE PRA SE PLANTAR
USANDO A MINHA CRIATIVIDADE
DESPOLUO A CIDADE, É PRECISO RECICLAR

LADO A LADO COM A NOBREZA
VEJO A POBREZA NO LIXÃO A TRABALHAR
AI MEU DEUS QUANTA TRISTEZA!
PRA LEVAR PARA A MESA O SUSTENTO DO SEU LAR
ÁGUA FONTE DA ENERGIA, DA VIDA ALEGRIA DE VÊ-LA JORRAR
E OS RESÍDUOS POLUENTES QUEREM DEIXÁ-LA DOENTE
SE NÃO TRATÁ-LA A FONTE VAI SECAR

E O CHUÊ, CHUÊ, CHUÁ
DESTA FONTE MURMURANTE, EU QUERO OUVIR CANTAR
E O CHUÊ, CHUÊ, CHUÁ
ESTA FONTE FACINANTE NÃO PODE ACABAR

HOJE O LIXO VIRA LUXO SE PARAR NA MÃO DO ARTESÃO
NA ERA DO RECICLÁVEL, NADA MAIS É DESCARTÁVEL
AQUI NA MINHA TRADIÇÃO

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO,
DIZ O DITO POPULAR
RECICLEI A FANTASIA E COM MUITA GALHARDIA
EU CHEGUEI PRA FICAR