Delírio de um sonho, o dia em que o Penedo falou (Reedição de 1984)

Compositor: Manoel do Carmo

Dizia a lenda, que uma pedra encantada
Aprisionava, príncipes, princesas e fadas
O Deus Netuno, guardião de guardiões
Protegia a nossa ilha pela força dos canhões

Quando a primeira estrela aparecia
De um búzio encantado se ouvia
Os sons de uma doce melodia
Tocado por belos peixes escravos
Embelezando a noite, no palácio prateado

Ao fim da melodia tão singela
O Penedo se abria e Netuno a navegar
Em uma carruagem encantada
Fazia incontinente sua ronda sobre o mar

O sol surgia tão bonito no horizonte
Netuno se recolhia, após cumprir sua missão
Holandeses invasores navegantes
Vinha dominar os índios e explorar nosso torrão

Ao longe o som da Pedra se ouvia
Netuno aparecia cheio de indignação
Expulsando os Holandeses invasores
Da ilha maravilhosa sob sua proteção

Oferendas ao Penedo
Tradição para a passagem
A pedra retribuía tudo com felicidades
Oh! Canhões maravilhosos do Forte São João
A Imperatriz te saúda pela grande proteção.