Cantos, contos e desencantos… ironias do destino
Compositores: Atíllio Juffo e Zé Virgínio
Começou com o trem na ferrovia
Ticumbi, o negro em Pernambuco
Onde o maluco ignorou a alegoria
Mas quem diria?
O zodíaco maníaco
Armou segundo
No mundo da fantasia
Depois das águas do Amazonas
Com as lendas que existem por ali
Veio brilhar no primeiro lugar
Do Oiapoque ao Chuí
E o Brasil, terra da gente
Logo após a liberdade
Fez da nossa Independente
Tricampeã da cidade
Vai batuqueiro, agita a bateria
Sacode seu pandeiro, amanhã é outro dia
Novamente os desencantos
Navios negreiros, os santos
Dos sete poderes ao bruxo do samba
A nossa glória descamba
As lágrimas brotaram
Nos olhos azuis do poeta
Quando Judas levou trinta dinheiros
Ao som do samba-exaltação
Entre as quimeras surgiu a armação
Em cima dos batuqueiros, que maldade!
Ainda vai raiar o dia da liberdade
Vai batuqueiro, agita a bateria
Sacode seu pandeiro, amanhã é outro dia.