Faltam menos de 30 dias para os desfiles das Escolas de Samba do Carnaval Capixaba de 2018 e várias Diretorias de Harmonia estão intensificando seus estudos e reuniões visando garantir as notas máximas dos jurados.
Nessa quarta-feira, dia 03 de janeiro, o Diretor de Harmonia da Unidos da Piedade, Devaldo Baptista (Mancha), reuniu com seus chefes de setores para os últimos acertos do desfile e no sábado, dia 06, será a vez de reunir todos os setores da agremiação, para uma avaliação do carnaval 2017 e traçar metas para o desfile de 2018.
Quem também se reuniu com toda sua equipe para discutir o quesito Harmonia e traçar metas para o carnaval 2018, foi o Diretor de Harmonia da Pega no Samba, Denadai. Aliás, vale ressaltar, que além da sua equipe, a reunião de Harmonia do Pega teve convidados especiais, membros da Harmonia da Escola de Samba Império de Fátima. Carnaval Capixaba com integração e parceria entre as escolas, parabéns!
As escolas de samba Andaraí, MUG, Boa Vista, Novo Império e Jucutuquara também estão realizando reuniões periódicas com suas Direções de Harmonia.
A Direção de Harmonia de uma Escola de Samba deve estar atenta a todos os setores da agremiação e acompanhar de perto os nove quesitos de julgamento: Bateria, Samba-enredo, Harmonia, Evolução, Enredo, Alegorias e Adereços, Mestre-sala e Porta-bandeira, Comissão de Frente e Fantasias.
Mas dois desses quesitos, Harmonia e Evolução, estão diretamente sob responsabilidade da Direção de Harmonia. Vamos conhecer um pouco mais dos critérios de julgamento desses dois quesitos:
QUESITO HARMONIA
A Harmonia no desfile da Escola de Samba é o perfeito entrosamento entre o canto dos componentes e o ritmo da bateria desaguando em um sincronismo.
Para conceder notas o Julgador deverá considerar:
• A perfeita igualdade do canto do Samba-Enredo pelos componentes da Escola em consonância com o “Puxador” (Cantor Intérprete do Samba) e a manutenção de sua tonalidade;
• O canto do Samba Enredo pela totalidade da Escola em consonância com o ritmo e intérprete do samba, bem como, o canto de todos os versos do Samba Enredo, penalizando alas ou grupos que cantem apenas os refrãos;
• O jurado avaliará a empolgação e o vigor com que os componentes cantam os versos do samba, respeitando as diferenças melódicas dos sambas, que naturalmente pedem maior ou menor intensidade em determinados trechos;
• O jurado avaliará a regularidade do canto durante todo o tempo de desfile. Nesta análise, o jurado deverá observar a sonoridade da ala, e não de um ou poucos componentes que não estejam cantando;
• Não se admite hiatos no desfile da agremiação, assim considerado o espaço excessivamente grande (buraco) sem que se ouça o canto da escola;
• A harmonia do canto, penalizando a ocorrência do fenômeno chamado de “atravessamento do Samba” que acontece quando uma parcela dos componentes canta uma parte da letra, enquanto outra parcela, concomitantemente, canta outra parte da mesma letra, entoando outros versos.
QUESITO EVOLUÇÃO
Evolução, no desfile de escola de samba, é o movimento rítmico e contínuo dos sambistas, que deverá ser livre e espontâneo. É a progressão da dança de acordo com o ritmo do samba que está sendo executado com a cadência da Bateria.
Assim, em termos de Evolução, pesam características próprias de cada escola de samba. No deslocamento devem-se observar os movimentos, o jogo de ir e vir, a espontaneidade e a leveza da expressão corporal, em um envolvimento total do corpo: braços, pernas e quadris entregas à cadência do Samba.
É considerada a livre movimentação dos componentes dentro das suas respectivas alas, só sendo considerado um “buraco”, quando esse deslocamento causar um espaçamento constante e esse dividir e quebrar o conceito de grupo.
Para conceder notas o Julgador deverá considerar:
• A fluência da apresentação, penalizando a ocorrência de correrias, retrocesso e/ou retorno de alas, destaques de chão e/ou alegorias, exceto os setores das escolas com livre movimentação (diretores de harmonia, bateria);
• A Empolgação é o ponto alto da manifestação da Escola. O jurado avaliará a empolgação dos componentes e sua entrega à dança em movimentos descontraídos de braços, pernas e quadris, observando o deslocamento de todos os componentes com a movimentação livre e espontânea, ocupando todos os espaços da pista de desfile;
• A coesão do desfile, isto é, a manutenção de espaçamento entre alas e alegorias, ou seja, observar abertura de “buracos”;
• Penalizar a embolação e invasão de alas e/ou grupos;
• As coreografias, se executadas, tem que causar a impressão da agilidade e vibração, não se admitindo apenas como forma para cobrirem espaços;
• Observar o exagero dos espaços nas manobras de recuo de bateria e na exibição dos casais de mestre-sala e porta-bandeira. Esses dois itens envolvem a formação natural de um espaçamento, pela necessidade técnica. Cabe, ao jurado, detectar se estes espaçamentos citados estão no limite da necessidade ou se estão exagerados.
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