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História dos Gatos será o enredo da Piedade em 2019

Viva Samba por Viva Samba
20/03/2022
in Enredos
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Ficha Técnica

Enredo 2019 – Unidos da Piedade
“Felis Catus – Sagrados e Mal Ditos”

Carnavalesco
Paulo Balbino

Sinopse

SAGRADOS E MAL DITOS!!!

O nosso Gato doméstico, que possui o nome científico “Felis silvestres catus”,
pertence à família dos felídeos. O “Felissilvestris” de onde o Gato doméstico é derivado é
classificado como uma espécie politípica, ou seja, originada de algumas outras espécies que
cruzaram entre si. Apesar de o Gato doméstico ser um dos animais de estimação mais
populosos no mundo, pouco se sabe sobre a origem de sua domesticação. Vestígios
arqueológicos sugerem que, ao contrário da domesticação do cão e do gado, o Gato pode ter
iniciado sua aproximação com o homem por vontade própria, alimentando-se dos ratos que
infestavam a agricultura.
Nos Primórdios
Desde tempos muito remotos, o homem constrói uma relação bastante peculiar com
os animais que rondam o seu mundo. Em algumas culturas, certos animais são cultuados
como deuses ou representam a origem de alguma importante divindade. Em outros casos,
podem ter a sua simples presença associada ao aviso de um mau presságio ou a encarnação
de algum tipo de maldição. No caso dos Gatos, podemos ver que os dois tipos de olhar se
aplicam a esse curioso felino.

Por volta de 10.000 anos atrás, os Gatos surgiram nos grupos humanos sedentários
com a função natural de exterminar os roedores que rondavam os estoques de grãos dos
agricultores. Nessa mesma época, lendas hebraicas e babilônicas diziam que os Gatos
surgiram através do espirro de um leão. Provavelmente, esse tipo de explicação mítica adveio
das semelhanças físicas e de comportamento observadas entre esses dois animais oriundos
da mesma família biológica.

A domesticação do Gato pelos humanos apenas começou há cerca de 10 a 12 mil
anos atrás, mais precisamente quando os agricultores começaram a cultivar as primeiras
variedades de cereais. É sabido que cereais atraem roedores e que os felinos são os melhores
caçadores que a natureza criou. Conclui-se, portanto, que a adaptação dos Gatos à caça dos
roedores que invadiam os locais de armazenamento dos cereais foi uma evolução nascida da
necessidade humana.
A importância dos Gatos foi tal que o povo egípcio os consideravam sagrado. Esses
animais eram tão venerados que existiam leis a proibir que os Gatos fossem levados para fora
do Egito. Quem fosse apanhado a traficar um Gato era punido com a pena de morte e quem
matasse um Gato recebia pena igual. Inclusive quando um Gato morria de morte natural, era
mumificado e os seus donos eram obrigados a usar trajes em sinal de luto.
Uma célebre pintura da época retrata a mãe do faraó “Akhnaton” alimentando um
Gato num banquete.
Observando os vários registros de imagem organizados pelos egípcios, podemos ver
que os Gatos perambulavam pela corte e não tinham cerimônia alguma em se aproximar de
qualquer individuo pertencente àquela civilização.
Os deuses que não possuíam forma animal tinham um animal sagrado a eles
dedicado, que os simbolizava. Entre estes animais, o Gato foi um dos mais adorados, tanto
por sua fecundidade, quanto por seus hábitos noturnos, que os tornavam os guardiões da
noite, dos mortos, e dos mistérios da vida e da morte. Estes guardiões do outro mundo,
quando morriam, eram mumificados e seus donos raspavam as sobrancelhas em sinal de luto.

O CULTO À DEUSA BASTET
“Os olhos de Bastet podem ver através da escuridão. Nada passa despercebido.”
“Bastet”, a deusa Gata da mitologia egípcia. Protetora dos Gatos, das mulheres, da
maternidade, da cura. Era guardiã das casas e feroz defensora dos seus filhos, representando
o amor maternal. Tem também grande ligação com a Lua, porque a luz e a magia da Lua
influenciam a todos os felinos. BASTET é uma das esposas de “Rá” (deus sol), com quem foi
mãe de “Nefertum” e “Mihos”. É representada como uma Gata preta, com um brinco e um
colar ou uma mulher com a cabeça de Gato, segurando um sistro, instrumento musical
sagrado.
O Templo de BASTET era em Bubastis (cidade do Delta do Nilo), cujo nome em egípcio
“Per-Bast” significava: “a casa de BASTET”, e mantinha Gatos sagrados que eram embalsamados em grandes cerimônias quando morriam, porque eram considerados como
encarnação da deusa.
“Bastet” foi uma das divindades mais veneradas no Antigo Egito. Nas festas dedicadas
a “Bastet”, as ruas enchiam-se de musica, de dança, brincadeiras, com muita comida, muitos
doces, mel e vinho. As sacerdotisas de “Bastet” desciam o rio Nilo, anunciando as festividades
em homenagem à deusa, usando uma espécie de sino de metal, os “snujs”. A bailarina
purificava o ambiente ao dançar com os “snujs” espantando os maus espíritos. O símbolo do
Gato Preto era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua capacidade de cura.
Estudos recentes comprovam que os Gatos já viajavam em embarcações dos bárbaros
“vikings”, e que inclusive, havia uma crença, que os bravos guerreiros não permitiam
mulheres a bordo das embarcações, mas os felinos eram visto como amuletos de sorte e
nenhuma embarcação partiam sem que houvesse muitos deles na tripulação.
Quando invadiram o Egito, os ROMANOS adotaram o culto à deusa BASTET, e em
Roma, os Gatos também passaram a ser perpetuados em estatuas, pinturas e mosaicos, pois
representavam o maior símbolo de liberdade para os romanos. Neste período, o Gato foi
associado à diversas divindades, como Diana, a deusa da fecundidade, e a sensual Vênus,
muitas vezes representada como uma Gata. Com a expansão do Império Romano, os Gatos
começaram a acompanhar os exércitos em sua volta para casa e foram sendo introduzidos
em toda Europa, e durante muito tempo, aceitos pelo homem como animais domésticos.
Na GRÉCIA Clássica, o Gato já era associado à feminilidade e ao amor, todos os
atributos de Afrodite, a deusa Vênus dos romanos. Também foi associado àArtemis, a deusa
da caça e da Lua, da qual se dizia que teria escapado um perseguidor, Tiphon, transformada
em Gata.
No HINDUÍSMO, a deusa Shosti, que preside os nascimentos, é representada montada
num Gato.
O Gato também foi muito amado na religião ISLÂMICA, onde diversos contos o
associam ao profeta Maomé, que teria sido salvo da morte por um Gato, que matou uma
serpente no momento que o atacava. A relação do Gato com o Islã seria uma das causas que
levaria a Igreja Católica a relacionar o Gato a Satanás. Os gnósticos, que atribuíam igual
importância a Jesus, Budha e Zoroastro, já eram acusados pela Igreja, de adorar o demônio na
figura de um Gato preto.
Na CHINA, estátuas de Gatos eram usadas para expulsar maus espíritos, e havia dois
tipos de Gatos, os bons e os maus, que eram facilmente diferenciados porque os maus tinham
duas caldas.
No JAPÃO, quando um Gato morria, era enterrado no templo do seu dono, e no altar
do mesmo era oferecido um Gato semelhante, pintado ou esculpido, para garantir ao dono
tranquilidade e boa sorte durante sua vida.O primeiro gato que chegou ao Japão foi um
presente para o imperador Ichijo, no ano 999. Logo o bicho virou símbolo nacional: o Maneki-
Neko, um boneco que lembra um gato da raça bobtail-japonês com a patinha direita
levantada, está em quase todas as casas do país, desejando boa fortuna a quem se deparar com ele.O fato é, que os gatos, convivem com os japoneses há milênios, são conhecidos por
proteger manuscritos de templos budistas e no começo, apenas pessoas com muito dinheiro
possuíam gatos.
Na cultura CELTA, a deusa Cerridwen tem um elo de ligação com o culto ao Gato
relativo à fecundidade, através de seu filho Taliesin, que em uma de suas encarnações foi
descrito como um Gato com a cabeça sarapintada.
Na FINLÂNDIA, havia uma crença de um trenó puxado por Gatos, que levava as almas
dos mortos. Os templos pagãos dos países nórdicos eram todos decorados com imagens de
Gatos, e nas lendas nórdicas, Freya, deusa do amor e da cura, possuía uma carruagem, onde
era puxada por dois Gatos, que representavam as qualidades da deusa: fertilidade e
ferocidade.
O comportamento independente do Gato, sua agilidade e beleza, são atributos que
despertou no imaginário popular uma ligação com mistério e magia. Mesmo em culturas
onde foram adorados como divindades, não escaparam às torturas e mortes, devido aos seus
supostos poderes sobrenaturais. Durante séculos, foram emparedados vivos, para garantir a
solidez das casas, igrejas e castelos, e enterrados no limiar destas para dar sorte. Foram
enterrados debaixo das plantações, para a garantia de uma colheita abundante. Foram
sepultados nas encruzilhadas dos caminhos, crucificados e encerrados em sacos junto à
mulheres adúlteras, lançados do alto das muralhas, queimados nas fogueiras e envenenados.
No século XI, os Gatos cumpririam um papel crucial na história da humanidade,
ajudando os europeus a se livrarem dos Ratos transmissores da Peste Bubônica.
Os dois principais personagens da Idade Média não foram Carlos Magno e Kublai
Khan, mas a pulga Xenopsyllacheopis e o Gato. As constantes mudanças climáticas no norte
da Ásia obrigaram os mongóis a percorrerem grandes distâncias, e com eles, veicularam Ratos
portadores da temível pulga da Peste Negra. Foram a seguir contaminados os mercadores de
seda e os portos da Europa Mediterrânea. A epidemia, em poucos anos atingiu todos os
países europeus, dizimando quase um terço da população europeia. A França foi um dos
países mais atingidos pela Peste Negra, tendo sua população reduzida, de 17 a 8 milhões de
habitantes.
De frente à esta epidemia, os mais sábios procuraram a ajuda dos Gatos, únicos
capazes de combaterem os Ratos. Houve então, em toda Europa, um grande empenho na
criação de Gatos, e o papel destes felinos foi mais uma vez indispensável para a sobrevivência
da humanidade (eles já haviam, quatro mil anos antes, contribuído para o desenvolvimento
da civilização egípcia). Mesmo assim, a Igreja considerou os Gatos culpados pela proliferação
da peste e de tantas mortes, ordenando a sua destruição na fogueira.
No desenvolvimento da Era Cristã, a boa relação com os Gatos foi perdendo espaço
para um verdadeiro processo de demonização do animal. Alguns estudiosos dizem que tal
modificação aconteceu porque os pagãos cultuavam os Gatos e, pouco mais tarde, porque os
muçulmanos também tinham o animal em boa conta. Nos primórdios da Idade Média, as
parteiras, que comumente carregavam a imagem de um Gato, símbolo da deusa BASTET, foram proibidas de utilizar tal apetrecho.
A Igreja Católica foi a maior perseguidora dos Gatos, e na Idade Média, trava uma
dura e longa cruzada contra os Gatos e seus adoradores. No ano 1232, o papa Gregório IX
funda a Santa Inquisição, que atuou barbaramente durante seis séculos, torturando e
executando, principalmente na fogueira, mais de um milhão de pessoas, essencialmente
mulheres, homossexuais, hereges, judeus e muçulmanos, convertidos, médicos, cientistas e
intelectuais, e também os Gatos, ad majorem gloriam Dei.
Por volta do século XIII, O papa Gregório IX afirmava na bula Vox in Roma que o
diabólico Gato preto, “cor do mal e da vergonha”, havia caído das nuvens para a infelicidade
dos homens e determinou que os Gatos fossem terminantemente exterminados. A paranóia
causada pela Inquisição acabou tendo um preço elevado, já que a diminuição da população
felina acabou ajudando na propagação dos roedores que transmitiriam a Peste Negra em
diversas regiões da Europa. Para acabar com a resistência dos Celtas ao catolicismo, a Igreja
Católica pregava que os sacerdotes DRUIDAS eram bruxos. Os Druidas eram responsáveis pelo
ensino, instruções jurídicas e filosóficas da sociedade celta, viviam isolados e cercados de
muitos Gatos, a Igreja associava os Gatos às trevas, devido a seus hábitos noturnos, e dizia
que tinham parte com o demônio, principalmente os de cor preta. Milhares de pessoas foram
obrigadas a confessar, sob tortura, que haviam venerado o demônio em forma de Gato preto,
e depois, eram condenados à morte, nas fogueiras. Mulheres idosas e solitárias, que
possuíam Gatos eram acusadas de bruxaria, torturadas até que confessassem aquilo que a
Igreja queria, e então eram condenadas à morte, queimadas vivas em público, e seus bens
imediatamente confiscados pela Igreja.
A tradição mágica e outras habilidades naturais sobreviviam em alguns locais, durante
a Idade Média, mas não eram oficiais e eficientemente perseguidas pela Igreja, cuja religião
monoteísta se tornaria um instrumento institucionalizado do Estado. A magia torna-se uma
atividade suprimida simplesmente porque os sacerdotes da Igreja não eram adeptos a ela, e
também não queriam correr o risco de que alguém pudesse sobrepujar suas habilidades
limitadas. Desta forma, tudo o que a igreja considerava não ideal, seria identificado na forma
de várias imagens do Diabo.
Nos séculos em que a Inquisição agiu na Europa e América, uma pessoa que fosse
vista com um Gato, principalmente os de cor preta estavam sujeita a ser denunciada como
bruxa e a sofrer tortura e morte, sem nenhum direito de defesa. Uma vez acusada de
bruxaria, a pessoa podia ser responsabilizada por qualquer desgraça natural, como perda de
safras, acidentes, doenças e mortes. No imaginário medieval, o Gato preto tornava-se mais
uma figura mística, fruto da ignorância, associado ao culto ao demônio.
Em 1484, o papa Inocêncio VIII promulga uma bula contra os feiticeiros, acusando de
heresia milhares de pessoas, um bom número das quais sendo culpadas, apenas por
possuírem um Gato. Por toda a Europa, milhares de pessoas inocentes foram torturadas em
nome de Deus, por serem acusadas de feitiçaria e adoração à Satanás. E com elas, seus Gatos.
Este papa inquisidor incluiu o Gato na lista dos perseguidos pela Inquisição, campanha
assassina da Igreja contra supostas heresias e bruxarias.

Nesta mesma época, Leonardo da Vinci escreveria: “chegará o dia em que um crime
contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.” Leonardo amava os
Gatos, e considerava o menor dos felinos uma obra-prima da natureza.
Em toda a Europa, o dia de Todos os Santos passava a ser comemorado, jogando-se
na fogueira, sacos cheios de Gatos vivos. Em Metz, na França, todos os anos, durante quatro
séculos, no culto a São Vito, seriam queimados vivos, 13 Gatos presos em uma gaiola. Em
Ypres, na França, centenas de Gatos eram atirados do alto de um campanário em um festival
religioso. Durante séculos, milhares de Gatos seriam sacrificados em rituais durante a Páscoa.
Estas práticas, incitadas pela Igreja, acabaram por se estender a qualquer tipo de
comemoração religiosa, como a noite de São João e de outros Santos, o que acabou por
quase dizimar a população de Gatos no século XV, o que consequentemente, contribuiu para
a multiplicação de Ratos, que portavam a peste bubônica.
Na coroação da rainha Elizabeth I, centenas de Gatos foram aprisionados e levados
em procissão, representando o demônio sob o controle da Igreja, e no final da procissão,
foram todos queimados vivos. Na Inglaterra elizabetana era comum que Gatos fossem
colocados em sacos de couro e usados como alvos para os arqueiros. Desta forma e de outras
tantas, o homem descarregava nos animais, todos os seus complexos e crueldades.
Com todo o cuidado para não ser queimado vivo como herege, o navegador genovês
Cristóvão Colombo tomara a precaução de embarcar nas suas três caravelas, Santa Maria,
Pinta e Niña, dezenas de Gatos, os quais, ao longo de 35 dias de viagem transatlântica,
travaram verdadeiras batalhas contra os Ratos, protegendo as provisões alimentícias e
permitindo que os membros da tribulação desembarcassem vivos nas margens
desconhecidas, em 12 de outubro de 1492.
Entre 1500 e 1800, surge o “Halloween” (Dia das Bruxas), de uma tradição da cultura
do Reino Unido da era medieval, o termo designava, ate o século XVI, a noite anterior ao Dia
de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro. Hoje é conhecido mundialmente como
um feriado celebrado principalmente nos Estados Unidos, mas sua data passou para 31 de
outubro. Um dos símbolos do “Halloween” são a bruxa e o Gato preto.
Ainda há crendices de que cruzar com um Gato preto, nas sextas-feiras 13, dá muito
azar. E acreditava-se que em noite de lua cheia, especialmente nas sextas-feiras 13, as bruxas
se transformavam em Gatos pretos!
No século XVII, os Piratas aterrorizavam os mares. Seu alvo principal eram os galeões
espanhóis cheios de ouro do Novo Mundo. Foram instrumentos de uma luta entre nações. Ao
contrário do que reza a lenda, os Piratas não lançavam suas naus ao mar, sem que antes
embarcassem Gatos junto à tripulação. Além da caça aos Ratos, os gatos eram uma espécie
de amuleto de sorte, se um Gato espirrasse, era sinal de tempestade próxima; mas se ele
caísse ao mar, era sinal de que o navio viria a pique, afundaria.
No Brasil é dito que um Gato possui sete vidas, mas em outros países o número é
nove. Acredita-se que esse número foi atribuído, pois na época de perseguição, dizia-se que
as bruxas podiam se transformar em Gatos por nove vezes, antes de morrer.

Com o passar do tempo, essa visão mística e preconceituosa perdeu lugar para o
prazer advindo da domesticação desses pequenos animais. A capacidade de associar
independência e sociabilidade faz do Gato um tipo de companhia agradável e, ao mesmo
tempo, integrante. Em diversos textos literários esse animal é descrito por uma minúcia de
virtudes que o colocam em uma posição privilegiada. Pelo visto, eles também conseguem
ocupar o posto de “melhor amigo do homem”.
Mesmo nestes tempos de tanto ódio, os Gatos foram amados em alguns países, como
na Rússia, onde era comum serem encontrados em conventos e mosteiros. Com o tempo, a
Igreja também foi sendo mais tolerante à presença do Gato, e a perseguição aos felinos foi
diminuindo. O cardeal Richelieu chegou a ter muitos Gatos, entre eles um angorá preto
chamado “Lúcifer”. No século XVIII, são abolidas as leis sobre a feitiçaria. Neste período, Isaac
Newton, para maior conforto dos seus Gatos, inventa a portinhola, que permitia que os Gatos
entrassem e saíssem de casa quando bem entendessem. No século XIX são aprovadas na
Inglaterra as primeiras leis anti-crueldades, e fundadas as primeiras organizações em defesa
do Gato e de outros animais. Finalmente os Gatos passariam a receber cuidados especiais.
George Gordon Byron, conhecido como Lord Byron, foi um poeta britânico e uma das
figuras mais influentes do romantismo, proclamou a superioridade do Gato em relação ao
homem: “Ele possui a beleza sem vaidade, força sem insolência, coragem sem ferocidade,
todas as virtudes do homem sem seus vícios.”
Foram também exaltados por Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo
Neruda, amados por Chopin, Liszt, Monet, Renoir, e outras importantes figuras da nossa
história, pessoas de talento e sensibilidade.
Os gatos domésticos fazem parte da família Felidae, que é dividida em seis gêneros:
1 – Felis, dos Gatos, Jaguatirica e Suçuarana(Puma)
2 – Panthera, do Leão, Tigre e Onça pintada(Jaguar)
3 – Acinonyx, da Cheeta
4 – Uncia, do Leopardo das Neves
5 – Lynx, dos Linces
6 – Neofelis
No total são 37 espécies de felinos, das quais oito ocorrem naturalmente no Brasil: o
Gato do mato pequeno, o Gato do mato Grande, o Gato maracajá, o Gato palheiro, o Gato
mourisco (Jagurundi), a Jaguatirica, a Suçuarana, e a onça pintada. O Gato, apesar de
domesticado, ainda possui características em comum com os seus parentes selvagens, como a
técnica de caça. Gracioso, sociável, higiênico, inteligente e independente, passam cerca de
50% da vida em sono leve, 15% em sono profundo, e a maior parte dos 35% restantes,
caçando, namorando, brincando e principalmente se limpando.
Os Gatos sempre foram fonte de inspiração. Nas artes plásticas, na literatura, cinema
ou na musica, os artistas sempre cultuaram a beleza e a elegância felina. Filmes, desenhos animados, pinturas, canções e musicais imortalizaram esses pequenos felinos por todo canto
do mundo.
Alguns artistas que pintaram o Gato:
– Carlos Paez Vilaró, Romero Brito, Leonardo da Vinci, Claude Monet, Pablo Picasso, Franz
Marc e Aldemir Martins.
“Um Gato tem honestidade emocional absoluta. Os seres humanos, por uma razão ou outra;
podem esconder seus sentimentos, mas um Gato não o faz.” Ernest Hemingway
“O menor dos felinos é uma obra-prima.” Leonardo da Vinci
Gatos famosos e seus desenhos animados:
– Gato de Botas – 169
– Gato de Cheshire – Alice no País das Maravilhas – 1865
– Gato Félix – 1919
– Penélope – 1930
– Tom & Jerry – 1940
– Frajola e Piu-piu – 1940
– A Turma do Manda-chuva – 1962
– Garfield – 1978
– Thundercats – 1983

ATIREI O PAU NO GATO
É uma cantiga brasileira cantada por crianças psicopatas que gostam de massacrar gatos com
pauladas. A reprodução desta música no Brasil é proibida pelo IBAMA, pois incentiva a
violência entre crianças e gatos. Mais tarde a música foi plagiada por empresas de
entretenimento infantil como: Galinha Pintadinha.
Atirei o pau no Gato tôtô, Mas o Gato tôtô
Não morreu reureu, Dona Chica cá cá
Admirou-se se, Do berro, do berro que o Gato deu
Miau!!!

NEGRO GATO
Negro Gato é uma versão da música Three cool cats, da dupla Leiber/Stoler, e foi um hit
americano dos Coasters. A versão brasileira foi feita por Getúlio Cortes e gravada por Renato
e Seus Blue Caps e mais tarde por Roberto Carlos e Luis Melodia.
Eu sou um negro gato de arrepiar, essa minha história é mesmo de amargar

Só mesmo de um telhado, aos outros desacato
Eu sou um negro gato
Minha triste história, vou lhes contar e depois de ouvi-la, sei que vão chorar
Há tempos que eu não sei o que é um bom prato
Eu sou um negro gato
Sete vidas tenho, para viver, sete chances tenho, para vencer
Mas se não comer, acabo num buraco
Eu sou um negro gato
Um dia lá no morro, pobre de mim, queriam a minha pele, para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um negro gato

O VIRA – 1973
Secos & Molhados
O gato preto cruzou a estrada, passou por debaixo da escada.
E lá no fundo azul, na noite da floresta.
A lua iluminou, a dança, a roda, a festa.
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Vira, vira,lobisomen
Bailam corujas e pirilampos, entre os sacis e as fadas.
E lá no fundo azul, na noite da floresta.
A lua iluminou, a dança, a roda, a festa.

CATS – 1981
“Cats” é um musical composto por Andrew Lloyd Webber que teve sua estreia em
Londres em 1981, mas que se consagrou por dezoito anos em cartaz na Broadway. Para
realizar esse espetáculo, Llyod Webber musicou uma série de poemas de T. S. Eliot sobre
gatos, onde Memory foi a música de maior sucesso.
No musical, os gatos “jellicle”, palavra que só eles sabem o seu significado, se reúnem
uma vez ao ano para que seu líder escolha um e apenas um deles para ir a um lugar melhor.
Entre os personagens mais marcantes estão “Munkustrap”, o narrador da história, Grizabela,
“The Glamour Cat” e "OldDeuteronomy", o líder dos gatos “jellicle”.

MULHER GATO – O Filme – 2004
É um filme americano de 2004 dirigido por Pitof e distribuído pela Warner Bros.A
história da tímida artista Patience Philips, uma mulher que não consegue parar de se
desculpar por sua própria existência. Ela trabalha como designer gráfico para a HedareBeauty,
uma gigantesca empresa de cosméticos que está prestes a lançar um produto
antienvelhecimento revolucionário. Quando descobre um segredo obscuro que seu
empregador esconde, Patience se vê no meio de uma conspiração corporativa. O que
acontece depois muda sua vida para sempre.
Os Gatos são parentes mais próximos dos Leopardos e Tigres, segundo uma pesquisa
da revista Exame, os Tigres compartilham 95,6% do seu genoma com os Gatos
Praticamente ao mesmo tempo que os guepardos trilharam seu caminho de volta da
América para a Ásia, as linhagens precursoras do gato leopardo e do gato doméstico também
atravessaram a ponte de terra de Bering para a Ásia. Como resultado, a linhagem do gato
leopardo produziu o gato leopardo asiático e quatro pequenas espécies: gato leopardo
indiano ou gato-ferrugem, encontrado na Índia, gato-de-pallas, na Mongólia, gato-de-cabeça-
chata, na Indonésia, e gato-pescador, espalhado pela Ásia.

OS LEOPARDOS – SHOW COM A TRAVESTI ELOÍNA
Show performático utilizando a metáfora de homens “GATOS” para compor esse
espetáculo erótico. A Eloína foi buscar inspiração no show de strep-tease masculino de São
Francisco, Califórnia. Esse show na década de 80, teve seu inicio no teatro Serrador da atriz
Brigitte Blair, com a presença de apenas 3 rapazes muito bem selecionados por sua beleza
física e outros atrativos. Com a explosão de sucesso, o espetáculo que se chamava “A NOITE
DOS LEOPARDOS”, migrou para o Teatro Alaska, na lendária galeria de mesmo nome, em
Copacabana, onde o show se multiplicou, passando de 3 para 18 homens. Com o crescimento
do espetáculo, Eloína sentiu necessidade de uma produção esmerada e altamente erótica,
convidando o bailarino e coreógrafo Ciro Barcelos para assinar o novo show. Foi sucesso de
bilheteria por 12 anos de casa lotada e presença de famosos, como: Caetano Veloso, Cazuza,
Madonna, Lisa Minnelli, entre outros.
Mas não só para o glamour, o nosso pequeno felino serviu de inspiração. Seu nome
foi associado a ladrões, espertalhões que se aproveitam do dinheiro alheio e de outras
maracutaias, sendo chamados de “GATOS OU GATUNOS”.
Até os furtos de energia elétrica, ligações clandestinas ou furtadas de outrem,
passaram a ser denominadas de “GATOS”, manchando assim, o nome do menor dos felinos.
Infelizmente ainda hoje os Gatos continuam sendo perseguidos, por pessoas que se
julgam representantes de uma raça superior. Há condições para uma vida harmoniosa entre
Gatos e humanos. Inúmeros fatos da nossa história comprovam que estes felinos sempre
estiveram do nosso lado, mesmo que só para conseguirem um simples afago. Inclusive e
graças a Deus, hoje pessoas do bem se mobilizam com ações e ONGs em prol desses felinos, com campanhas de adoção e conscientização contra a violência desses indefesos menores.
Adote um Gatinho!
Cuide dele com muito carinho!
Ele só quer um pouco de afeto!
Miauuu!!!

Carnavalesco: Paulo Balbino
Bibliografia:
Revista Exame
Revista Superintetressante
Por SamyraMuraddy – leitura da borra de café e tarô egípcio.
Por Dra. Laila Massad Ribas
Por Rainer Souza
Por Fabio Rossano Dario – Pisa – Itália

 

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