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Arthur Bispo do Rosário será o enredo da Jucutuquara em 2019

Viva Samba por Viva Samba
20/03/2022
in Enredos
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Ficha Técnica

Enredo 2019 – São Torquato
“O Rosário do Bispo e seu delirante Inventário do Universo”

Carnavalesco
Orlando Júnior

Autores do Enredo
Anclébio Júnior

Sinopse

ANUNCIAÇÃO

Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano da graça de mil novecentos e trinta
e oito, conduzido por um imaginário exército de sete anjos de aura azulada, aquele
que se considerava o “enviado”, que iria “julgar os vivos e os mortos”, fez sua via
crucis pelas ruas do Rio de Janeiro com destino à igreja da Candelária para realizar o
rito da anunciação. Peregrinou pelas várias igrejas da Rua Primeiro de Março e
terminou no Mosteiro de São Bento, onde anunciou a padres e monges que era um
enviado com a missão de recriar o universo para apresentá-lo a Deus no dia do Juízo
Final. Dois dias depois, véspera de Natal, Arthur Bispo do Rosário se convertia na
figura do Messias ao mesmo tempo em que era diagnosticado como esquizofrênicoparanoide e acabaria interditado pela polícia e enviado ao Hospital Nacional dos
Alienados com as seguintes inscrições em sua ficha de internação: negro, sem
documentos, indigente. Bastou algumas semanas internado e ninguém que
reclamasse por ele para que fosse transferido e alojado no pavilhão 10 da Colônia
Juliano Moreira, hospício destinado a doentes “perigosos” e considerado “o fim da
linha”. Para Arthur era apenas o começo de sua missão.

LEMBRANÇAS

O agora interno insistia em apagar seu passado. Quando era perguntado sobre suas
origens, Bispo respondia: “Um dia eu simplesmente apareci”. Gostava de contar
que seu “aparecimento” se deu nos braços da Virgem Maria, apesar de ter o registro
de Batismo na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, na pequena Japaratuba, interior
de Sergipe, uma vila cheia de histórias e lendas que misturava tradições indígenas,
pregações missionárias e a força da mão de obra escrava nas lavouras canavieiras.
O menino Arthur cresceu entre procissões, rezas de terços, beatas e rosários. Se
tornou um jovem em meio a tradição dos folguedos da cultura popular,
principalmente àquelas ligadas ao ciclo natalino e que viriam a influenciar sua obra.
No pequeno cubículo que habitava e que passou a ser seu universo particular fez
estandartes, fardões e mantos que remetiam às suas lembranças das festas do
reisado, do cacumbi, da chegança, da taieira e de tantos outros folguedos da
encantaria sergipana, originários das culturas africana, indígena e nordestina e
vivenciados por ele em sua infância e juventude.

UNIVERSO POÉTICO DELIRANTE

Em pouco tempo de confinamento passou de um “agitado” interno para homem de
confiança de guardas e enfermeiros devido às habilidades de pugilista adquiridas
nos tempos em que passou na Marinha. Ajudava a conter os outros pacientes e aos
poucos aprendeu também a se conter. Quando os sinais de sua “transformação”
começavam a aparecer, pedia aos guardas que o trancafiassem em sua cela com o
cadeado para fora. Ali permanecia por meses e era nesses momentos que sua arte
mais aflorava. Desfiava o próprio uniforme azul do manicômio e com os fios produzia
suas obras, onde destacam-se, sempre, as palavras. Palavras escritas, bordadas,
pintadas. Por toda a obra, encontram-se nomes de pessoas, célebres e anônimas,
registros de ideias breves, regulamentos íntimos ou mesmo extratos poéticos. A
matéria-prima para a construção desse seu universo em miniaturas, além dos fios
dos uniformes, era formada por cobertores e lençóis e toda uma sorte de sucatas,
inclusive o lixo que reciclava e produzia. Juntava, tênis, galochas, colheres,
canecas de alumínio usados pelos pacientes num compensado de madeira. Lia
jornais e revistas com frequência e era por lá que entrava em contato com o mundo
dos concursos de beleza feminina, tinha verdadeira adoração pelas misses. Essa
fixação gerou uma série de obras – faixas e cetros – dedicada às rainhas da beleza
dos mais gloriosos e dos mais sofridos países do planeta. Dizia: “Os concursos de
misses representavam a união dos povos. Se hoje não têm importância, mau sinal, é
o final dos tempos.”

PASSAGEM

E foi exatamente para o final dos tempos que Bispo do Rosário se preparou quando,
entre idas e vindas, retornou definitivamente para a Colônia. Seriam décadas
preparando-se para a “passagem”, produzindo embarcações de madeira com
mastros, escadas, arrastões, boias, botes e bandeirolas feitos com cabos de
vassoura, ripas de madeira tudo sobre rodas para que pudesse carregar mais
facilmente consigo no dia do Juízo Final. Nesse período, ele também já estava
preparando o seu traje de gala para o momento mais importante, o ápice de sua
missão: o encontro com o Criador. A mortalha sagrada ganhou o nome de Manto da
Apresentação e trazia bordados sobre um cobertor avermelhado muitos símbolos,
diversas imagens e inúmeras palavras, sempre elas. Em sua parte interna, o manto
trazia o nome de pessoas que Arthur julgava merecedoras de subir aos céus –
mulheres em sua grande maioria. À espera do dia último, Bispo preparou-se por
toda uma vida como um regente de um universo miniaturizado. Sua passagem se
deu, com certeza, sob a guarda de anjos celestiais e ao som de trombetas. Aos 80
anos, o “enviado” finalmente foi conduzido ao Juízo Final sob os olhares de seus
muito iguais, não só daqueles considerados loucos, mas igualmente os tarados, os
pobres, os bêbados retardados, os delinquentes, os mendigos e todos que, desde o
momento da anunciação, passaram a fazer parte de seu cotidiano.

PASSAGEM LIVRE PARA TODOS

Diante do tribunal divino, Bispo exibiria as cores, formas e conteúdos de seu
mundo mágico, com garantia de paz aos homens de boa vontade, resgatados
naquele universo de belas intenções, inscritos em fichários redentores. Ele se
apresentaria e seus escolhidos, aqueles que traziam seu carimbo, matriculados na
perfeição de seus tecidos. Assim como Arthur Bispo do Rosário um dia
simplesmente apareceu, num outro ele se foi. O tempo se encarregaria de seu
reconhecimento nos domínios do humano. Afinal, ele deixava um legado material,
palpável, uma espécie de diário plástico, uma obra de múltipla semiologia, pouco a
pouco inserida no universo da arte contemporânea. Toda essa obra, monumental,
possuía uma vocação para a vitória. Ao tecê-la, é como se Bispo reinventasse a
realidade, tripudiasse sobre o mundo dos homens, elevando o eu para além da sua
própria humanidade. Em meio a bordados autobiográficos e autoficções, este eu
meio verdadeiro, meio fabuloso tudo excedeu e, sobretudo, contribuiu para diluir as
frágeis fronteiras entre razão, loucura, ficção e fé.”
Luciana Hidalgo, escritora.
“Segundo foi determinado, Ele vai suspender a terra com a ajuda de dois mestres e,
com um tremor de terra, arrasar o mundo, sabe? Aí não haverá mais trevas,
abismos. Tudo isso será plano na terra. (…) No meu reino tudo
será feito de ouro e prata, brilhante.”
Arthur Bispo do Rosário.

Referências Bibliográficas

Campos, Marcelo. Um canto, dois sertões: Bispo do Rosário e os 90 anos da Colônia
Juliano Moreira. Editora Azougue. Rio de Janeiro, 2016.
Hidalgo, Luciana. Arthur Bispo do Rosário, o Senhor do Labirinto. Rocco Digital. Rio
de Janeiro, 2012.
www2.uol.com.br. As artes de Arthur Bispo do Rosário. Luciana Hidalgo. 2009.
www.epoca.globo.com. A loucura de Arthur Bispo do Rosário. Sérgio Garcia e Ruan
de Souza Gabriel. 2015.
www.revistaplaneta.com.br. O Evangelho do Bispo. HeitorReali e Silvia Reali. 2011.

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