FICHA TÉCNICA
Escola: A.S.S.E.G.R.E.S “ Unidos Da Piedade”
Fundação: 15/01/55
Comunidades/Território: Morros Da Fonte Grande, Piedade, Moscoso E Capixaba.
Presidente: Valdeir Lopes De Sá
Carnavalesco: Jorge Caribé
Enredo: “Da Riqueza Do Café, Sua Força E Majestade”
Diretores De Carnaval: Laudiceia Schuaba, Pedro Sacramento E Rakel Rissi
Diretor De Harmonia: Elder Alves
Intérprete: Thiago Brito
Mestre De Bateria: Tereu
Rainha De Bateria: Rose De Oliveira
1º Casal De Mspb: Luzimar Luz / Layli Rosado
Coreógrafo Comissão De Frente: Mauro Marques
ENREDO
“Da Riqueza Do Café, Sua Força e Majestade”
SINOPSE
Acordamos há dois anos sonhando com esse momento, chegou o carnaval! A mais querida de Vitória desperta deste sonho e resolvemos voltar no tempo e relembrar nosso último campeonato, desta forma tão singela vamos nos homenagear, agradecer nossos ancestrais que de certa forma são nossos pais, tios, avós e bisavós, que com seu suor e luta ajudaram a construir nossa comunidade. Mesmo passando por momentos muito difíceis, estamos colocando o nosso carnaval no sambão. Certos de mais uma grande apresentação, e trazer esse título para Vitória. Voltamos a lembrar e rogar aos nossos, a nossa gente negra, ao nosso povo preto vindo da África da costa do Benin, Abéokutá, Angola e os seus descendentes que deram origem ao povo do Espírito Santo; que povoaram o nosso estado para plantar com suas mãos calejadas e regar com sangue nossa terra, plantando os grãos da cor da raça vindo da Arábia.
Assim começa nossa história…
…E o fruto germinou, cresceu, floresceu e nos alimentou, com verdes das folhas, o branco das flores e o vermelho do seu fruto emolduram as cores da nossa agremiação.
Com a decadência do ouro em Minas Gerais, a corte portuguesa se transfere para as terras férteis do nosso estado, certo do seu enriquecimento, criaram hábitos na corte portuguesa com o nosso café, entre bules e xícaras, doces e sobremesas, a corte dançou e comemorou.
Aos pés dos santos negros, nosso povo rogava a libertação e assim surgiram celebrações aos nossos deuses, nas festas folclóricas de todo estado em forma de procissões, romarias, fogueiras juninas, dançavam para homenagear durante o período da colheita para nossa senhora do Rosário dos homens pretos, São Benedito e a festa do Divino, nas congadas, vaquejadas e festas do interior.
O legado do café rompeu fronteiras e até hoje rende frutos. O nosso ouro negro que emprega muitas famílias trazendo o sustento do nosso povo. Salve o café!
Desta forma, a Unidos da Piedade presta uma justa homenagem aos moradores do morro da Piedade, Fonte Grande, Moscoso e Capixaba, e aos fundadores da escola, assim, essa geração que está à frente, defendendo nossa bandeira, diz em forma de samba, Muito Obrigada, por tudo!
A força, o sangue e o suor do povo que lutaram por nós!
O café é a bebida mais consumida no Brasil.
Assim vamos brindar com o café nossas vitórias, por tudo, para todos e o bem do carnaval capixaba!
(Autor – Jorge Caribé)
SAMBA-ENREDO
Compositores: Thiago Brito, Thiago Meiners, Rafael Mikaiá, Pixulé, Tem Tem Jr, Turko e Fábio Souza
O axé do cafezal
Invocou meu ancestral
Preto velho mandingueiro
E no toque do tambor
Derramando seu amor, baixou no terreiro
Para lembrar dos tempos da Casa Grande
Onde plantar, colher era resistir
De grão em grão a terra que germinava
O braço forte do negro não sucumbir
De seus grilhões quebraram-se as correntes
A semente no solo fecundou
Com seu aroma e sabor
A Majestade o café encantou…
Oh Senhora do Rosário, me alumia
Cantigas na festança de Maria
Louvar aos Reis e a São Benedito
O Espírito Santo é a luz do Divino
Tem arte, vendedor e tamborzeiro
Nessa congada toda fé e devoção
Arautos que iluminam a cidade
E as fitinhas que enfeitam o São João
E lá no morro fiz do samba minha vida
Pra desfilar a cada ano na avenida
E lá no morro fiz do samba minha vida
Te ver brilhar, oh Mais Querida!
Vem, pode chegar
Que aqui tem samba no pé
Tá na boca desse povo
O sabor do meu café
Pra brindar a alegria
E matar essa saudade
Canta forte, Piedade”
ROTEIRO DE DESFILE
1º SETOR – Abertura setor negro homenageando os negros que vieram da África para a novo mundo.
A mão de obra africana, suas tradições e religiões.
COMISSÃO DE FRENTE – 12 componentes – 03 femininos e 9 Masculino
Significado: A vinda do grão sagrado pelas mãos do Palheta, considerado o pai do café do Brasil, com baú e tapetes, nossa comissão encenará a chegada do café ao Brasil.
1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
Nome Mestre Sala: LUZIMAR LUZ
Nome Porta Bandeira: LAYLI ROSADO
Significado da Fantasia: ‘Omi Dundun, tributo ao povo africano’
Omi Dundun significa água preta.
Destaque da ala: Jessé Ruffino – Fantasia Feiticeiro
ALA 1 – A FORÇA DO NEGRO.
Representa a força do negro que rompe as correntes e se aquilomba em luta contra a escravidão.
ALA 2 – BAIANAS – SUA MAJESTADE
O fruto da cor da raça ou Majestade africana. Representa as Rainhas africanas trazidas para o Brasil.
ALA 3 – PRINCESINHA DO CAFÉ
As negras mais lindas da fazenda. Representa as princesinhas africanas vinda para o Brasil
Destaques de frente do Abre Alas: Elizangela Reis e Guilherme Juvenal – Fantasia: Borboletas do cafezal
1º ALEGORIA – Carro Abre Alas: O império do Café – Traz detalhes e riquezas da corte africana.
Representa o café. Traz detalhes e riquezas da corte africana.
ALA 4 – CAFÉ PIEDADE
Representa o grão do Café, considerado o ouro negro.
Destaque da ala Colheita: Diego Nascimento – fantasia: Príncipe da Colheita.
ALA 5 – A COLHEITA
Representa os trabalhadores da colheita do café.
ALA 6 – AS MUCAMAS
AS Negras bonitas escolhidas para trabalhar na casa grande
ALA 7 – BATERIA RITMO FORTE – FOLIA DE REIS
Os brincantes de reis que desfilam pelas ruas da comunidade cantando e louvando os santos da igreja católica no período da colheita do café.
ALA 8 – PASSISTAS: O DIABO DA FOLIA DE REIS
Representa o diabo, o palhaço o que tira atenção da folia e não entra na folia.
MUSA das Passistas – Nathalia Ramos Messias está neste posto desde o carnaval de 2018, quando foi musa das comunidades.
Destaque de Chão: Catia Paganote e Michelly Nascimento – fantasia: A chegada da realeza.
1º ALEGORIA – Carro Abre Alas: O império do Café
Traz detalhes e riquezas da corte africana.
2º SETOR – A riqueza da corte
Entre danças, saraus e minuetos, a corte de deslumbra com as delícias do café. Enfim, o pretinho invadiu a corte.
Destaque de ala: Stael Magesck – Fantasia Maria Loca
ALA 9 – A CORTE: Dança do minueto – ala coreografada.
Representa a corte portuguesa vinda para o Brasil
2 CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA: Wanderson Santana e Thainá Jacob
FANTASIA: O luxo e o esplendor de Portugal.
ALA 10 – Os barões do Café: Entre bules e xícaras
Os donos das casas-grandes e dos cafezais, “donos” dos negros e negras escravizados.
3º CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA MIRINS: Yasmim Liz e Luan Igor – FANATASIA: HOMENAGEM A NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
ALA 11- FESTA DO CONGO
Festa popular capixaba de tradição dos escravos que não podiam reverenciar a festa de Nossa Senhora da Penha;
ALA 12 – SÃO BENEDITO: HOMENAGEM AO PADROEIRO DA ESCOLA
Festa popular que reverencia o santo negro que salvou um navio negreiro de um naufrágio;
ALA 13- FESTA DO DIVINO – PROCISSÕES E ROMARIAS
A festa de agradecimento ao divino pelo bom ano de colheita
ALA 14- FOLGUEDOS JUNINOS – FESTA DE SÃO JOÃO.
A grande festa da colheita do café, se comemora com muita comidas e danças em torno de uma fogueira
ALA 15 – GALERIA DA VELHA GUARDA
Representa os baluartes do café piedade, sua fantasia vem com as cores do café: verde da folhagem, vermelho dos frutos e branco das flores.
Destaques de Chão: Marcos Aurélio e Cintia Scarpart – A Grande Festa do café
3º ALEGORIA – BAR PIEDADE
Representam A Ancestralidade Africana. É Composto Pelos Nossos Baluartes Que Representam A Nossa Ancestralidade Africana E Nossa Boemia, Bem Como O Folclore Capixaba.
ALA 16: Velha Guarda da Mais Querida
Representa os baluartes do café piedade, sua fantasia vem com as cores do café: verde da folhagem, vermelho dos frutos e branco das flores.
ALA 17 – AMIGOS DA PIEDADE
Representa os bambas que frequentam as atividades da Escola, como as feijoadas e paneladas e os bares de samba no reduto das comunidades da Escola de Samba Piedade.